domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Boa Vontade

Os muros de nossas casas estão se tornando cada vez mais altos; as grades, cada dia mais fechadas e agressivas, de modo a afastar, decididamente, qualquer que ali não viva. Apenas reflexos do que trazemos dentro de nós: a angústia, o medo, a insegurança.

Tais sentimentos isolam o indivíduo, separam as pessoas, reduzem o convívio com os próprios humanos vizinhos que, quase sempre, já não os conhecemos mais. E, desse modo, nos tornamos prisioneiros de nós mesmos. Em nome da segurança. Mas também, em nome do desinteresse pelo outro, gerado por aquele afastamento. 

Na proporção em que crescem os muros de nossas casas, cresce também nosso desinteresse pelos demais e, assim, de modo progressivo e constante, vai minguando nossa capacidade de interagir, de trocar, de crescer junto, impulsionados que seríamos pelos frutos da convivência que já não colhemos. Ficamos mais pobres como humanos porque a força da natureza grupal de nossa espécie é reprimida pelas circunstâncias que nós mesmos criamos. 

A insegurança, assim como o medo, geram angústia e ansiedade. Como resultado, nos afastamos uns dos outros, mas também de nós mesmos. Quando temos medo, quando estamos inseguros, nós nos distanciamos de nossa própria natureza, daquilo que somos e de tudo em que acreditamos, porque passamos, então, a priorizar apenas a sobrevivência. Deixamos de querer saber do outro, de seus interesses e de suas necessidades. 

Esse comportamento já toma conta de quase toda a sociedade humana e, geralmente, não nos apercebemos da profundidade com que, de muito, já se instalou entre nós. Expressões como “eu já fiz a minha parte” ou “isso não é problema meu”, não necessariamente resultam de uma personalidade egoísta, mas transformada e conduzida por aqueles sentimentos que se originaram do medo. 

O contraponto para essa situação é a boa vontade.

A boa vontade, portanto, escasseia onde medra o medo.O mundo, hoje, talvez necessite, mesmo, muito mais dessa postura positiva nos pequenos acontecimentos do dia-a-dia do que de grandes e anunciadas ações altruísticas. Não que se prescinda dessas últimas, mas porque parece ser da natureza das relações humanas essa presença de uma expectativa complementar, construtiva, essa ação do comportamento do outro, que sela ou que fortalece os contatos mais superficiais, e que referenda e confirma as amizades mais profundas. 

Trata-se, antes de tudo, de uma virtude simples, de ambiente simples, cujo habitat mais comum são os acontecimentos diários e corriqueiros da vida, mas que também pode se manifestar, com igual desenvoltura, nas situações mais drásticas e significativas da existência humana.

É bem-vinda em qualquer ambiente, de qualquer nível, porque disponibiliza para o outro um auxílio ou, pelo menos, uma facilidade. Qualquer de nós prefere estar com pessoas de boa vontade, seja em casa, no trabalho, no esporte, no comércio, enfim, em qualquer situação e lugar, sempre nos sentimos bem melhor quando somos abordados ou atendidos por pessoas com essa característica.

A boa vontade pode se propagar com intensidade, sempre, e cada vez maior, por aqueles que tomam a iniciativa de desenvolvê-la em si mesmos. Resta-nos, portanto, a iniciativa do primeiro passo, assumindo, conscientemente, que este é um valor e um traço da personalidade humana que precisa ser desenvolvido, se, porventura, ainda não o foi, e multiplicado, se já. Precisa mesmo ser estimulado, porque diminui o medo e recupera a convivência perdida.

Boa vontade: a chave que abre todas as portas.

(extraído do livro É SIMPLES DESSE JEITO!)

Lançamento do livro É SIMPLES DESSE JEITO!

Novo livro, que vai ajudar a mudar sua vida!

Todo e qualquer ser humano pode dispor de forças e técnicas naturais que lhe permitem conduzir sua vida de uma forma mais leve, com mais resultados e, sobretudo, com a capacidade de realizar seus sonhos.

Esta obra ensina um destes instrumentos de realização da vida: como desenvolver sua visão de futuro. São coisas simples, como simples são as leis universais que regem toda a existência humana.

Portanto, se Você quiser, poderá atingir suas metas, poderá mudar a sua vida, seus negócios, sua empresa, e poderá mudar, também, o mundo em que vive. Realize seus sonhos. Simples desse jeito!

Um grande abraço!

É SIMPLES DESSE JEITO!
mude sua vida, mude o mundo
páginas: 152
edição: 1 (2011) Clube de Autores
link para o livro: É SIMPLES DESSE JEITO!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Lançamento de Novo Livro


Novo livro de História do Brasil com os olhos na Maçonaria.

Grandes nomes da Ordem – autores contemporâneos e historiadores modernos – escreveram sobre a criação do Grande Oriente do Brasil (GOB) e sobre a história da Maçonaria, a partir desse importantíssimo marco da escalada maçônica no Brasil. Nossa modesta pretensão, no entanto, foi abordar a história anterior ao GOB e, desse modo, deitar os olhos um pouco mais sobre o passado e, dentro desse processo histórico, contextualizar as diversas movimentações ocorridas pelo mundo ocidental de então, desde a Idade Média, a colonização portuguesa, os movimentos nativistas no Brasil, as revoluções americana e francesa, suas origens e as primeiras manifestações maçônicas individuais, as academias literárias e as sociedades secretas, as primeiras Lojas Maçônicas em solo brasileiro e, finalmente, aquela fase imediatamente anterior à fundação do Grande Oriente do Brasil.

Este é, portanto, um livro de História do Brasil com os olhos na Maçonaria.

Um grande abraço!

GÊNESE DA MAÇONARIA NO BRASIL
a história antes do Grande Oriente do Brasil
páginas: 478
edição: 1 (2011), Clube de Autores

sexta-feira, 4 de abril de 2008

dengue

Nenhum governo controla o Aedes aegypti. Isso cabe à população, ainda que orientada e até mesmo induzida pelos governos. Há, porém, uma eterna urgência das ações de orientação e mobilização que devem ser planejadas e implementadas no tempo certo pelas autoridades constituídas.

Aqui falham os gestores: tendem a deixar as medidas preventivas - aquelas de Vigilância do vetor - para quando ocorrerem os primeiros casos.

Ora, os primeiros casos só ocorrem quando existe uma logística instalada para o vírus responsável pela doença (o mosquito é apenas o vetor, o transporte que o vírus utiliza para se dispersar). E essa logística, esse sistema de dispersão do qual fará uso o verdadeiro vilão, é exatamente a população de mosquitos suficientemente crescida, espalhada e procriante no ambiente.

Assim, se existe uma rede de mosquitos circulantes permitindo dispersão do vírus para os primeiros casos, também a mesma rede conduzirá os próximos casos. É quando se diz que o vírus circula no ambiente.

Todo caso de Dengue significa que um mosquito picou um paciente contaminado, recebeu o vírus e, posteriormente, voou até outra pessoa e nela introduziu o vírus.

Então, só há um controle viável e operacional: impedir aquela logística do vírus, quer dizer, não permitir que as populações do mosquito cresçam e se instalem a ponto de poderem conduzir o vírus de uma pessoa contaminada a outra sã.

A maioria dos mosquitos Aedes aegypti passa grande parte de suas vidas no ambiente doméstico e, portanto, num locus de domínio da população. Eis porque nenhum governo consegue suficiente combate a esse inseto. Eis porque cada cidadão é responsável por uma epidemia como a de Dengue. Eis porque, ainda, se uma única casa não fizer a sua parte (aquela história de tirar os potinhos que juntam água, pratinho de vaso, garrafas, etc.), a guerra estará perdida.

Saúde e Paz!