sexta-feira, 4 de abril de 2008

dengue

Nenhum governo controla o Aedes aegypti. Isso cabe à população, ainda que orientada e até mesmo induzida pelos governos. Há, porém, uma eterna urgência das ações de orientação e mobilização que devem ser planejadas e implementadas no tempo certo pelas autoridades constituídas.

Aqui falham os gestores: tendem a deixar as medidas preventivas - aquelas de Vigilância do vetor - para quando ocorrerem os primeiros casos.

Ora, os primeiros casos só ocorrem quando existe uma logística instalada para o vírus responsável pela doença (o mosquito é apenas o vetor, o transporte que o vírus utiliza para se dispersar). E essa logística, esse sistema de dispersão do qual fará uso o verdadeiro vilão, é exatamente a população de mosquitos suficientemente crescida, espalhada e procriante no ambiente.

Assim, se existe uma rede de mosquitos circulantes permitindo dispersão do vírus para os primeiros casos, também a mesma rede conduzirá os próximos casos. É quando se diz que o vírus circula no ambiente.

Todo caso de Dengue significa que um mosquito picou um paciente contaminado, recebeu o vírus e, posteriormente, voou até outra pessoa e nela introduziu o vírus.

Então, só há um controle viável e operacional: impedir aquela logística do vírus, quer dizer, não permitir que as populações do mosquito cresçam e se instalem a ponto de poderem conduzir o vírus de uma pessoa contaminada a outra sã.

A maioria dos mosquitos Aedes aegypti passa grande parte de suas vidas no ambiente doméstico e, portanto, num locus de domínio da população. Eis porque nenhum governo consegue suficiente combate a esse inseto. Eis porque cada cidadão é responsável por uma epidemia como a de Dengue. Eis porque, ainda, se uma única casa não fizer a sua parte (aquela história de tirar os potinhos que juntam água, pratinho de vaso, garrafas, etc.), a guerra estará perdida.

Saúde e Paz!





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